quinta-feira, 6 de abril de 2017

Fragmentado - crítica

 Como é a sua personalidade? Forte, amorosa, inocente, guerreira??? Complicado de definir, não é mesmo? Agora imagine um indivíduo viver com 23, isso mesmo 23, diferentes personalidades, no mínimo perturbador. Mas essas 23 personalidades podem ser consideradas como pessoas, pois o hospedeiro não assume uma outra forma de pensar e viver, ele realmente se transforma em outra pessoa, chegando ao ponto de não saber o que o restante dos 23 pensam ou fazem.

Kevin e suas personalidades. (Reprodução)

 Parece impossível de ser verdade, não é mesmo? Mas isso veio à tona no novo filme de M. Night Shyamalan, “Fragmentado” (Split, no original). Shyamalan é o nome por trás de grandes sucessos como: “O Sexto Sentido” (1999), “Corpo Fechado” (2000) e “A Vila” (2004), todos esses filmes foram colocados em uma nova categoria no cinema, pois sempre vinham com uma surpresa no final, uma reviravolta incrível.

Poster de Fragmentado (Reprodução)
 Fragmentado não é diferente e nos mostra uma excelente construção de roteiro, a tensão fica no ar quase que o tempo todo. Quem vai surgir agora? Será uma personalidade boa ou não? De acordo com o diretor, o filme foi produzido para integrar uma trilogia, iniciada por Corpo Fechado, estralado por Bruce Willis e Samuel L. Jackson. Será que teremos que esperar mais 17 anos para o fechamento dessa trilogia?
 No filme, tudo gira em torno de Kevin (James McAvoy) que é o hospedeiro dessas distintas personalidades. Quando ele, ou uma das personalidades, resolve que precisa provar que está certo, sequestra então três adolescentes, Casey (Anya Taylor-Joy de A Bruxa), Claire (Haley Lu Richardson, destaque de Quase 18) e Marcia (Jessica Sula), que serão aprisionadas e pouco a pouco vão tentando descobrir por que estão ali e as várias facetas de seu sequestrador.
 Ao mesmo tempo que as garotas tentam sair dali, Kevin e suas personalidades são recebidos para consultas periódicas com uma terapeuta, interpretada por Betty Buckley (de Fim dos Tempos). A Dra. Karen Fletcher procura ter conhecimento referente a todos que habitam o mundo de Kevin, aos poucos consegue identificar que está acontecendo uma rebelião e que isso pode não acabar bem.
 O final é surpreendente (até com a participação especial, para quem viu “Corpo Fechado”), mostrando que Kevin, mesmo dominado, consegue ter um senso crítico social, mas seria esse o real motivo das personalidades, punir quem precisa ser punido? Cientificamente, qual a justificativa dessas atitudes? Seria apenas uma forma que o indivíduo conseguiu para suprir os abusos e traumas que viveu ao longo da vida?
James McAvoy (Reprodução)

 Mas, o filme realmente é bom, mesmo com algumas pequenas falhas, tenso, instigante, excitante. Já a interpretação de James McAvoy foi simplesmente perfeita, a troca de nuances ao interpretar cada personalidade foi indiscutível. Apesar de ter gostado do filme senti uma necessidade de ver todas as personalidades serem bem apresentadas, o que me leva a aceitar uma série, onde elas poderiam ser apresentadas de forma individual, ou em conjunto tendo em vista que estão no mesmo corpo. Seria perfeito!


 E você??? Conseguiria viver com 23 personalidades ou a sua já é o suficiente?


Beijos e abraços

2 comentários:

  1. Eu ameeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeei esse filme!!
    O James McAvoy me convenceu que realmente eram pessoas diferentes, e antes de ele dizer quem ele era eu já sabia pelo jeito dele. Simplesmente incrível.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Realmente James McAvoy está maravilhoso, pena que vi o filme dublado... quero ver o legendado para ver certinho as nuances dele!

      Excluir